Gente... que delicia o livro que percorre a vida de Carême... uma viagem no tempo... um tempo não linear... necessariamente.... pois é inegável que trabalho de Marie-Antoine....o "menino das ruas"... venceu o tempo... através do serviço que ajudou a "firmar" nos salões da época... através da valorização da apresentação... (sem necessariamente descuidar do sabor... sabor sempre, pois não?!)...
Trata-se de leitura obrigatória para aqueles que estão inicinado a carreira nas "panelas"... o aprendizado... o GLAMOUR que não foi capaz de vencer os malefícios do carvão... a dura vida daqueles que ficam "abaixo das escadas", mas que garantem prazeres indiscritíveis aos comensais... nem sempre merecedores de tanto trabalho e dedicação...
A relação inquestionável entre arte e gastronomia... a presença da arquitetura (sou "doente pela arquitetura"... amo.. até curso técnico já fiz... Sério, tenho uma queda e tanto pela profissão...)... Gente, a arquitetura... isso e fez lembrar o trabalho que a Zu, minha querida afilhada, realizou sobre comida e renascimento a partir da arquitetura... inclusive usou meu próprio nariz para explicar a perspectiva... Momentos únicos.... que revivi lendo o livro...
As caracteristicas que normalmente acompanham os chefs que admiro estavam todas lá... sensacional... o chef de cozinha é um escravo da arte... convive com o carvão... como se escravo fosse... o poder daqueles que no salões se acomodam, desaparece diante dos chefs... pois deles é o espetáculo!!! Eles são os escravos e, ao mesmo tempo, os senhores do banquete...
Leiam.. as descrições dos banquetes.... dos salões... das cozinhas... as descrições são maravilhosas... dignas de nota... a gente consegue se transportar para o lugar... dá pra sentir o cheiro e o calor do carvão... bem como o glamour dos salões.... ambivalência que estimula os sentidos... instiga a imaginação...
Confira!!!
Quando criamos um prato com determinado objetivo, no caso era o renascimento, tínhamos que ter um pequeno conhecimento do a época era importante. Lembro que quando o prato foi apresentado ele não foi compreendido e nem sentido, então tive que usar conhecimentos da matemática e arquitetura para justificar o que eu tava apresentando, atingindo assim o objetivo de compreensão do que estava sendo apresentado.
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