A comida fala o tempo todo sobre tudo. A comida diz sobre saúde física e mental, estilo de vida, PIB, cultura, arte, amor, sexo.

Aqui você é convidado especial para pensar a comida em suas diferentes dimensões. Nossos alimentos são livros, filmes, peças teatrais, a comida de restaurantes, bares e cafeterias.

Venha participar deste Banquete! Há um lugar esperando por você nesta mesa! Escute, pois a comida fala! Venha conversar!







































sábado, 20 de novembro de 2010

NÃO DÊ FÉRIAS PARA A "CABEÇA"...

Você não gosta de ler...
Não tem o hábito...
Tem sono...
Está saindo de férias.... e não quer colocar um livro na mala?

Eu tenho a solução... Coloque o livro do sociólogo Carlos Dória no bolso da bermuda ou da calça jeans...




"Pequeninho", mas não o suficiente para inibir inquietações... dá pra discordar... concordar.... fazer pensar... "se preocupar".... e CABE NO BOLSO.... e a cabeça agradece.... Ninguém tem o direito de deixá-la em repouso... nem nas férias...


Fragmentos....


"Mas, como na filosofia, que nos ensina que onde um só é livre ninguém é livre, na culinária, de modo análogo, onde não há liberdade não prospera a gastronomia." p.8-9

"As cozinhas nacionais se perfilam entre as fontes de prazer ameaçadas pela ideologia nutricionista." p.10

DONA BENTA:COMER BEM - "... o título de livro  reproduz o imaginário brasileiro, onde a velha e boa avó é a mestra, ao passo que o negro é suprimido da história." p.29

Sobre a mandioca e o milho: "... um duplo padrão de carboidratos esteve presente na dieta dos nativos brasileiros desde os tempos até onde se pode recuar com as pesquisas arqueológicas." p. 40

"O que marca a dinâmica alimentar colonial é a fome, não o cenário idílico, paradisíaco,da oferta ilimitada, fundada numa natureza pródiga." p.47

"... pois não é possível pensar qualquer ingrediente como algo desprovido de história, um pedaço da natureza em "estado puro." p.59

Na defesa da "cozinha de ingrediente": "... colecionar receitas, decalcá-las na história, é ver a árvore e não enxergar a floresta." p.61

"Desse modo, é perfeitamente possível (e desejável) abandonar a divisão sociopolítica  da nossa culinária, que só serve à indústria do turismo, redesenhando o território segundo a tipicidade de ingredientes ou produtos." p.62

Tanajuras... e ....beijos!!!

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